Parto do Ícaro
Descobri a gravidez do Ícaro quando a Catarina estava com 1 ano e 8 meses. Também não foi uma gravidez planejada, mas também foi desejado e muito amado, sempre quis ter dois filhos, na verdade sempre quis ter três rsrsrs.
E então comecei minha busca por um parto respeitoso. Meu desejo era o parto em casa, mas meu marido não concordava com essa escolha.
Primeiro fui procurar um médico que fosse a favor não apenas de parto normal, mas sim de um parto respeitoso pedi indicação, porém no meu convenio não tinha nenhum de confiança.
Graças ao Dr.Caio realizei o pré-natal na maternidade do SUS aqui de Ribeirão, fiz o pré-natal todinho lá. Sempre muito bem atendida por todos. Quem me acompanhou e fez todas minhas consultas foi à enfermeira obstétrica Bruna que foi e é um anjo em minha vida até hoje.
Sempre expus minha vontade pelo parto domiciliar. Então fui atrás de parteiras que pudessem me assistir, enquanto isso ia convencendo Cássio com a ideia do parto domiciliar, e como sempre a Bruna me apoiando. Tinha também o apoio da minha mãe, que sempre estava comigo e se fosse domiciliar queria que ela estivesse junto comigo. Cheguei a falar com 3 equipes de parteiras e nenhuma poderia me assistir. E nesse tempo a Bruna me tranquilizando que iríamos dar um jeito de conseguir que meu parto fosse como eu queria.
Até que em uma das consultas a Bruna falou que estava montando uma equipe de parto domiciliar junto com a Nayara e que eu poderia ficar tranquila que eu teria o parto domiciliar que eu tanto sonhava. E com isso, o Cássio, já tinha aceitado a ideia do parto em casa (na verdade, segundo ele ainda não creditava que ia dar certo e ia levando rsrsrs).
A princípio eu não teria uma doula, pois não tinha condições financeiras e como teria minha mãe ao meu lado, achei que talvez não fosse necessário.
Mas um anjo se propôs ser minha doula @eleonoramoraes , foi a melhor coisa que aconteceu, foi essencial no parto tanto quanto as parteiras (DICA: TENHAM UMA DOULA!!), minha mãe ficou no papel dela mesmo, de mãe, sempre ao lado, preocupada, e me incentivando. E a Leo pode me ajudar me dando todo suporte e mostrando que eu era capaz quando batia a insegurança.
Estaria no dia do parto, o @sobrevivendocomos3 , minha mãe @marisagaioli , @brunainfante e a @nayara.baraldi e talvez a Catarina.
Na madrugada do dia 28 de maio, era umas 3 horas, comecei a sentir as contrações, ainda leves, espaçadas, tentei deitar e descansar. Quando foi 6 horas ainda com as contrações espaçadas, levantei, arrumei as coisas da Catarina para ela ir a escola, disse que o Cássio podia ir trabalhar, porque achava que ia demorar, mandei mensagem para minha mãe, para Bruna e para Leo avisando que eu estava com contração, porém espaçadas.
Primeiro chegou minha mãe e minha irmã Talita (que estava eufórica!!), e pedi para que comprasse pão pois eu estava com fome e queria comer. Logo após chegou a Lúcia, que era minha faxineira, vinha uma vez por semana em casa, mas está na família a anos!! Pedi para que limpasse rapinho os quartos e que depois fosse embora (mas ainda bem que não foi, pois também ajudou muito fazendo café, pão de queijo e tudo mais para todos).
Acho que eram umas 9 horas as contrações ficaram mais intensas, minha mãe do meu lado, fazendo massagem e colocando bolsa de água quente. Perto dessa hora chegou a Leo, que disse que eu já estava na fase ativa. A partir dai minha lembrança ficou um pouco confusa. Chegou a Bruna, que além de uma super parteira é uma amigona que foi quem lutou comigo para que esse parto acontecesse. Depois chegou a Nayara, e a Mari.
Alias, preciso dizer, a Mari, me perguntaram se ela poderia ficar no meu parto, pois estavam querendo que ela fizesse parte da equipe de parto domiciliar, já conhecia a Mari das rodas de parto, mas nunca imaginei que ela fosse ser tão presente no meu parto como ela foi. Acho que nunca falei isso, mas lembro muito da Mari no meu parto, da sua mão me dando força para aguentar até o fim!!! Lembro muito dela no período do explusivo, dela e da minha mãe, foram a força que precisava!!
Voltando ao relato... Cássio voltou para casa na hora do almoço e a partir daí ficou comigo o tempo todo. Catarina saiu da escola e acabou indo para casa da minha sogra, que até hoje ainda fico pensando se não seria melhor ela do meu lado.
Fiquei pulando de um cômodo para o outro, quarto, sala, banqueta, cama, banheira. Comi muito, mais muito açaí, era a única coisa que conseguia comer. Acho que quando era umas 3 horas da tarde, eu já começando os puxos, detalhe que ainda meu tampão nem tinha saído, e muito menos a bolsa estourado. Estava sentada na banqueta, todos acharam que o Ícaro estava chegando, foi quando saiu o tampão e a bolsa estourou, porém estava há um tempo fazendo força e foi quando a Bruna resolveu fazer um toque, único toque que foi feito em toda minha gestação, e ai ela pediu para que eu saísse da banqueta, eu ainda estava com 8 cm de dilatação. Ai resolvi deitar um pouco, e até cheguei a cochilar um pouco. Passou um tempo, lembro de ter levantado de repente e corri para banheira, me posicionei numa posição que achei ser mais confortável no momento, de 4 apoios, me apoiando na minha mãe e na Mari, e nessa posição fiquei até a chegada do Ícaro. Lembro desse momento todas cantando “Agora quero ver vc nascer, agora somos eu e vc” E depois de muita força meu pequeno nasceu, dentro da banheira, quem pegou foi a Bruna e logo já agarrei ele e do meu colo não saiu mais.
Sai até que rápido da piscina, fui para minha cama junto com o Ícaro e com o Cassio, logo Catarina chegou para conhecer o irmão. Depois Ícaro foi avaliado, pesado e medido, 50cm, 3545g.
Pude realizar meu sonho, de ter um parto natural em casa, respeitando todas as minhas vontades e crenças, com pessoas maravilhosas do meu lado. E agradeço imensamente a todos que fizeram isso tornar possível, Cássio, minha mãe Marisa, a Bruna, a Leo, a Nayara, a Mari, o Fabio que ficou de retaguarda, o Caio que foi quem me mandou para Bruna e que apoiou minha escolha, meu pai que ajudou para encher a banheira e no fim fez uma canja deliciosa, as minhas irmãs Najaí e Talita que também me apoiaram e mesmo não estando junto fisicamente na hora, estavam de coração.
E então comecei minha busca por um parto respeitoso. Meu desejo era o parto em casa, mas meu marido não concordava com essa escolha.
Primeiro fui procurar um médico que fosse a favor não apenas de parto normal, mas sim de um parto respeitoso pedi indicação, porém no meu convenio não tinha nenhum de confiança.
Graças ao Dr.Caio realizei o pré-natal na maternidade do SUS aqui de Ribeirão, fiz o pré-natal todinho lá. Sempre muito bem atendida por todos. Quem me acompanhou e fez todas minhas consultas foi à enfermeira obstétrica Bruna que foi e é um anjo em minha vida até hoje.
Sempre expus minha vontade pelo parto domiciliar. Então fui atrás de parteiras que pudessem me assistir, enquanto isso ia convencendo Cássio com a ideia do parto domiciliar, e como sempre a Bruna me apoiando. Tinha também o apoio da minha mãe, que sempre estava comigo e se fosse domiciliar queria que ela estivesse junto comigo. Cheguei a falar com 3 equipes de parteiras e nenhuma poderia me assistir. E nesse tempo a Bruna me tranquilizando que iríamos dar um jeito de conseguir que meu parto fosse como eu queria.
Até que em uma das consultas a Bruna falou que estava montando uma equipe de parto domiciliar junto com a Nayara e que eu poderia ficar tranquila que eu teria o parto domiciliar que eu tanto sonhava. E com isso, o Cássio, já tinha aceitado a ideia do parto em casa (na verdade, segundo ele ainda não creditava que ia dar certo e ia levando rsrsrs).
A princípio eu não teria uma doula, pois não tinha condições financeiras e como teria minha mãe ao meu lado, achei que talvez não fosse necessário.
Mas um anjo se propôs ser minha doula @eleonoramoraes , foi a melhor coisa que aconteceu, foi essencial no parto tanto quanto as parteiras (DICA: TENHAM UMA DOULA!!), minha mãe ficou no papel dela mesmo, de mãe, sempre ao lado, preocupada, e me incentivando. E a Leo pode me ajudar me dando todo suporte e mostrando que eu era capaz quando batia a insegurança.
Estaria no dia do parto, o @sobrevivendocomos3 , minha mãe @marisagaioli , @brunainfante e a @nayara.baraldi e talvez a Catarina.
Na madrugada do dia 28 de maio, era umas 3 horas, comecei a sentir as contrações, ainda leves, espaçadas, tentei deitar e descansar. Quando foi 6 horas ainda com as contrações espaçadas, levantei, arrumei as coisas da Catarina para ela ir a escola, disse que o Cássio podia ir trabalhar, porque achava que ia demorar, mandei mensagem para minha mãe, para Bruna e para Leo avisando que eu estava com contração, porém espaçadas.
Primeiro chegou minha mãe e minha irmã Talita (que estava eufórica!!), e pedi para que comprasse pão pois eu estava com fome e queria comer. Logo após chegou a Lúcia, que era minha faxineira, vinha uma vez por semana em casa, mas está na família a anos!! Pedi para que limpasse rapinho os quartos e que depois fosse embora (mas ainda bem que não foi, pois também ajudou muito fazendo café, pão de queijo e tudo mais para todos).
Acho que eram umas 9 horas as contrações ficaram mais intensas, minha mãe do meu lado, fazendo massagem e colocando bolsa de água quente. Perto dessa hora chegou a Leo, que disse que eu já estava na fase ativa. A partir dai minha lembrança ficou um pouco confusa. Chegou a Bruna, que além de uma super parteira é uma amigona que foi quem lutou comigo para que esse parto acontecesse. Depois chegou a Nayara, e a Mari.
Alias, preciso dizer, a Mari, me perguntaram se ela poderia ficar no meu parto, pois estavam querendo que ela fizesse parte da equipe de parto domiciliar, já conhecia a Mari das rodas de parto, mas nunca imaginei que ela fosse ser tão presente no meu parto como ela foi. Acho que nunca falei isso, mas lembro muito da Mari no meu parto, da sua mão me dando força para aguentar até o fim!!! Lembro muito dela no período do explusivo, dela e da minha mãe, foram a força que precisava!!
Voltando ao relato... Cássio voltou para casa na hora do almoço e a partir daí ficou comigo o tempo todo. Catarina saiu da escola e acabou indo para casa da minha sogra, que até hoje ainda fico pensando se não seria melhor ela do meu lado.
Fiquei pulando de um cômodo para o outro, quarto, sala, banqueta, cama, banheira. Comi muito, mais muito açaí, era a única coisa que conseguia comer. Acho que quando era umas 3 horas da tarde, eu já começando os puxos, detalhe que ainda meu tampão nem tinha saído, e muito menos a bolsa estourado. Estava sentada na banqueta, todos acharam que o Ícaro estava chegando, foi quando saiu o tampão e a bolsa estourou, porém estava há um tempo fazendo força e foi quando a Bruna resolveu fazer um toque, único toque que foi feito em toda minha gestação, e ai ela pediu para que eu saísse da banqueta, eu ainda estava com 8 cm de dilatação. Ai resolvi deitar um pouco, e até cheguei a cochilar um pouco. Passou um tempo, lembro de ter levantado de repente e corri para banheira, me posicionei numa posição que achei ser mais confortável no momento, de 4 apoios, me apoiando na minha mãe e na Mari, e nessa posição fiquei até a chegada do Ícaro. Lembro desse momento todas cantando “Agora quero ver vc nascer, agora somos eu e vc” E depois de muita força meu pequeno nasceu, dentro da banheira, quem pegou foi a Bruna e logo já agarrei ele e do meu colo não saiu mais.
Sai até que rápido da piscina, fui para minha cama junto com o Ícaro e com o Cassio, logo Catarina chegou para conhecer o irmão. Depois Ícaro foi avaliado, pesado e medido, 50cm, 3545g.
Pude realizar meu sonho, de ter um parto natural em casa, respeitando todas as minhas vontades e crenças, com pessoas maravilhosas do meu lado. E agradeço imensamente a todos que fizeram isso tornar possível, Cássio, minha mãe Marisa, a Bruna, a Leo, a Nayara, a Mari, o Fabio que ficou de retaguarda, o Caio que foi quem me mandou para Bruna e que apoiou minha escolha, meu pai que ajudou para encher a banheira e no fim fez uma canja deliciosa, as minhas irmãs Najaí e Talita que também me apoiaram e mesmo não estando junto fisicamente na hora, estavam de coração.